Nosso projeto tem um novo nome: “Presenças: práticas artísticas(+)visuais indígenas e negras no Brasil”. A mudança foi sendo gestada quase desde a sua criação.
Através da análise de recorrentes usos conceituais dos termos “iluminando” e “potências”, e dos sentidos decorrentes desses usos, percebemos um desencontro com o propósito do projeto. Tais sentidos usualmente remetem a uma noção em que “iluminar” está ligada em alguma instância a revelar, trazer à luz ou mesmo legitimar. Igualmente o termo “potências” pode ter o sentido de algo que precisa ser legitimado para que seja garantida a sua existência; por outro lado, o termo “potências” orienta para uma concepção de poder e autoridade.
Buscamos assim, a partir de uma perspectiva ontológica, por termos que apontem para algo que simplesmente “é”, sem necessitar de interferência para “vir a ser”; encontramos “Presença”, essa palavra que se desdobra e permanece sem necessidade de uma descoberta, de uma força externa, ela existe e está.
Presenças que não devem ser compreendidas apenas em sua dimensão física, mas também nas suas articulações intelectuais, expressões poéticas, modos de estar no mundo e de viver em coletividade, e em todas as formas de vida presentificadas no planeta, em qualquer lugar visível ou não. Presenças negras e indígenas que concebem novas epistemologias e imaginários intangíveis de forma contínua.
Sendo assim, adotamos o novo nome através de discussões e elaborações produzidas pela bolsista do projeto, Guilhermina Augusti, e pela coordenadora do projeto, Maya Inbar, na passagem de 2022 a 2023.
Presenças 